domingo, 20 de fevereiro de 2011

ANGELICUM PRAESIDIUM


Alguém caminha pela rua quase escura, é uma noite de outono, o bairro fica praticamente deserto, não se uma alma perdida caminhando por esses arredores, cães latem, tudo ocorre como houve-se planejamento. Este Alguém é Adan Smith, um adolescente comum, estatura mediana, cabelo castanho espetado, olhos castanhos, ele usa calças largas como dos Rappers, jaqueta preta, camisa de alguma banda rock e um fone de ouvido ligado ao iphone, ele caminha despreocupado na rua. Horas antes Adan estava em casa deitado do seu quarto, enquanto sua mãe fazia o jantar e seu pai assistia ao jogo na TV, era bizarro porque nada de muito incomum acontecia naquele bairro, pessoas eram sempre abordadas por assaltantes e/ou atacadas por alguma gangue, era algo bem comum. O tédio se tornou um aliado, já que sua vida andava mesmo sem graça. Saiu do seu quarto, foi até a mesa na hora do Jantar, aquele silencio era confortante pra si. Assim que terminou pegou o iphone, colocou os fones e foi dar uma volta. O Vento frio, a noite iluminada somente pelos postes, a rua deserta, exceto por alguns gatos, e cães que ladravam.
Era certo que algo iria acontecer naquela noite, um pedaço de papel que estava voando cola no braço de Adan, ele não ignora e lê: “Te encontro no final da rua, não me deixe esperando”. Não havia assinatura. Certo que ele achava que não era pra ele, continuou andando sem preocupação. Alguns postes apagaram no local, achou que não era nada demais, a não ser, problemas com a afiação que causou um curto circuito, apagou por alguns segundos e voltou a iluminar, sendo que após acender, apareceu um homem de paletó com um sobretudo negro. O Homem era branco, um pouco loiro, cabelo liso e amarrado, rosto largo, usava um chapéu daqueles de filme de Gangster, era alto com seus 1,85m, e falava com um tom sério:
- Porque demorou tanto Adan?
Adan ficou perplexo, primeiro, como é que aquele homem surgiu no breu total? Segundo, como ele sabia seu nome? E terceiro, o tal bilhete que leu e depois o ignorou, nada fazia sentido, Quem era esse homem? O que ele quer?
Ele repetiu novamente a pergunta, Adan não sabia o que responder, estava perplexo demais pra dar uma resposta lógica e coerente. Respirou fundo e então perguntou:
- Nos conhecemos?
- Sim, como pode ter esquecido de seu anjo da guarda?
- Anjo da Guarda? Só pode ser piada né?
- Não é nenhuma piada, meu nome é Ezequiel, um anjo protetore, e estou aqui pra te avisar...
- Avisar sobre? – perguntou Adan.
- Há algum tempo, alguns mercadores de almas, por algumas fontes, descobriram por acaso que existia uma certa alma rara, que por acaso a detectaram, e é sua Adan. Eles virão no intuito de negociar sua alma em troca de mixaria. Abra os olhos, e quando vierem até você, faça uma oração que virei.
As luzes se apagaram, aquele breu tomou conta daquela parte onde ele estava, e as luzes voltaram, e aquele homem não estava mais lá. Tudo muito estranho e novo pra ele, uma alma rara? Quem diria, e ele achava que não valia mais que um saco de bosta. Mas acreditar naquele acontecimento? Talvez, foi tudo muito bizarro e impressionante.
Então ele decide voltar e lembrar-se do que tinha acontecido naquela noite.

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