Mais uma vez o andarilho noturno
caminha para o desconhecido, louvando a dor e a angústia daquelas que sentem o
desespero de um dia tudo acabar, tudo o que construíram ou não, o que
conquistaram ou não, as paixões agora só são angústias para aqueles que sonham
a partir de agora, o homem sente a dor de não ter encontrado respostas e eu
sento diante do abismo e contemplo tudo isso.
Não sinto remorso, já caminhei
por vários mundos, já me entoquei em várias ilhas, olhei a vários abismos. Um
andarilho nunca está só quando está diante de seu abismo, encontra suas
respostas, não as respostas da humanidade, mas suas próprias e quando pensa que
não, se sente realizado, completo.
Não contemplo aqueles que
contemplam a felicidade plena, pois essa nunca vai existir, a dor faz parte de
nossa natureza e não uma mera ilusão, nós caímos sempre no mesmo buraco, mas
sempre nos erguemos diante do abismo e gritamos que não desistirmos tão fácil,
por isso o homem necessita do seu abismo.
Mas o que é o fim do mundo? É o
fim de tudo? O fim das alegrias? Nada disso, o fim do mundo somente está
naqueles que contemplam o fim, eu contemplo a dor e isso é bem diferente. Eu me
sinto vivo perante a isso, meu espírito é livre para pensar dessa forma. O fim
da raça humana só vai existir, quando destruirmos nosso próprio planeta, nossa
própria raça e sua vida.
Ao andarilho que caminha entre
mundo e entre as emoções alheias, entre discórdias do próprio ser, não aconselho
caminhar entre as minhas palavras, mas entre suas próprias conclusões, o
andarilho é um filósofo, indo em encontro ao desconhecido.
Não tenham medo, ainda não é o
fim, ainda não há permissão...
Simplesmente encantador!!
ResponderExcluirRealmente incrível
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